terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Engajamento social pelo fim da Passividade

Oportunamente fui flagrada num estado de cômodo. E então, me foi sugerido postar sobre Passividade Social. Refletindo sobre a minha situação e a observação que foi feita sobre a minha pessoa naquele momento, admiti que havia um tanto de desperdício no meu comportamento, que se torna um valor bem mais significativo quando eu sei que existem tantas outras pessoas na mesma situação que eu. É lamentável que cabeças pensantes se escondam num casulo pra alimentar o tédio, tendo consciência de que existe uma porrada de coisas à serem mudadas e que se pode fazer a diferença.
Veja bem, lá fora existe um mundo cão. e pode-se dizer, a grosso modo, que a sociedade está dividida dessa forma:
  1. pessoas que sofrem os reflexos de uma sociedade desorganizada e estúpida;
  2. pessoas que tiram proveito da miséria alheia - algumas de maneira mais descarada que outras;
  3. uma minoria dividida entre:
  • pessoas que se importam com as questões sociais e se esforçam por fazer acontecer o melhor;
  • pessoas que se importam com as questões sociais, mas que esperam pela Liga da Justiça.
Me vi à espera da Liga da Justiça, enquanto existe um mundo a ser transformado.
quando se diz MUNDO, a palavra assusta, se torna pesada e distante porque nos sentimos pequenos diante de tanto chão e tantos problemas. Mas considerando que existem cabeças pensantes cheias do bom discurso, que esse bom discurso seja trabalhado pra colocar em atividade as nossas boas idéias e incentivar as boas idéias dos outros também. Despertar no outro o interesse em se manter sabido da situação onde todos nós, formadores da sociedade, estamos inseridos. Aprender e incentivar a observar criticamente.
É uma tarefa lenta, mas é daí que surge a urgência. Que haja vontade de ver a transformação acontecer e que isso seja colocado em prática. Porque se colocar na posição de quem não se importa com a sociedade, ou se colocar na posição de quem se importa, mas não faz nada, tecnicamente, surte o mesmo efeito.

4 comentários:

  1. Talvez seja exatamente isso que nos falte para que possamos ver algo ser mudado, querer a mudança de verdade. A comodidade é algo que atrai e vicia, é cômodo ter pronto um discurso de revolucionário, de cidadão indignado e proclamá-lo sentado no conforto de um sofá, com o controle da televisão na mão é mais fácil ainda reclamar, apontar os erros e defeitos e cruzar os braços na hora em que algo pode ser feito de verdade, para que passamos ver surgir efeitos reais.
    Talvez o primeiro passo já tenha até sido dado, aqui, com esse texto, admitir ócio, reconhecê-lo e querer mudar já é um grande começo, pelo menos as teias de aranhas já foram arrancadas do núcleo pensante de quem o escreveu e o melhor, está arrancado também as teias de quem o está lendo.

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  2. Pow, adorei o pensamento. Também já parei pra pensar muito nisso tudo. São coisas que as pessoas inventam mentiras para servir de motivos para não "fazer acontecer". Apenas falar e redigir dissertações não gera benefícios ao indivíduo que não põe nada do que sabe ou pensa em prática.
    Parabéns pelo blog.. espero mais posts.
    Abraço, Lália Terra

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  3. Concordo plenamente com todas as palavras jorradas no post.
    O Brasil precisa melhorar e muito sua educação.
    E em relação ao vestibular, sou TOTALMENTE contra a esse mecanismo elitista que só serve para prejudicar a formação dos alunos no ens. médio. Pois estes, estão preocupados apenas em garantir sua faculdade/universidade e não em seu conhecimento propriamente dito.
    Eu também sou totalmente a favor às cotas (como vc mesma mencionou)Mas, como isso não vem ao caso agora, deixo para expor minha opnião em uma outra hora (melhor..em um outro post)
    xD

    Beijos, beijos :*

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